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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Crônicas Infantis

Tarde de domingo
(Ana Paula Corradini)
Seis pratos sobre a pia. Cinco vazios, um ainda com lasanha à bolonhesa.
Um filho que não gosta de lasanha à bolonhesa. Zero filhos para tirar o resto da mesa. Uma mãe de mãos ásperas, um pai de dedos ágeis. Um controle remoto. Zero sobremesas. Quatro reclamações. Um filho que não gosta de sobremesa. Dez dedos indicadores, um controle remoto. Cinqüenta programas simultâneos na TV a cabo. Cinco opiniões, dois safanões, um grito vindo da cozinha. Quatro silêncios e uma bateção de porta. Um filme, quatro sorrisos. Um choro abafado no banheiro. Uma palavra doce de mãe. Seis pratos lavados, doze talheres guardados, uma caçarola areada. Duas mãos em repouso. Cinco lugares ocupados. Uma poltrona vaga. Uma birrinha no canto da sala. Um colo. Duas lágrimas já enxutas. Um ressonar, dois ressonares, três... Cinco roncos. Dois olhos bem abertos. Um bico desse tamanho.




O mistério da Casa Mágica
(*Ariane Bomgosto)
O mistério da Casa Mágica (...)Ariane Bomgosto Há muito tempo atrás, na pequena vila de Águas Claras, todos viviam na mais perfeita harmonia. As famílias se conheciam umas às outras, as crianças brincavam juntas perto do riacho e costumavam se reunir à noite, em frente à casa abandonada, que ficava no alto de uma colina. A casa era o mistério da vila, pois nunca alguém havia entrado lá e voltado para contar como era. Uma das menininhas de Águas Claras, porém, era muito curiosa e faminta. Seu nome era Molly. E todas as vezes que passava em frente à velha casa, davam uma espiadinha e tinha vontade de entrar.
Os pais diziam aos filhos que na casinha não morava ninguém, mas Molly sabia que não era verdade, pois sempre que passava por ali sentia um cheiro tão gostoso que era impossível não parar e ficar sonhando com o que estava sendo feito naquela cozinha. O cheirinho saía da chaminé e impregnava todo o vilarejo, mas os mais velhos continuavam a dizer que não havia ninguém cozinhando ali dentro.
Molly nunca tinha visto a dona da “casinha mágica” – como ela gostava de chamar -, até que um dia tomou coragem e bateu à porta:
- Quem é?, respondeu de dentro uma voz cansada.
- Sou eu, a Molly, disse a pequena. Meus pais dizem que aí não mora ninguém, mas eu sei que a senhora existe e gostaria de conversar um pouco.
- Vá embora Molly, nenhum dos pais nunca deixará que seus filhos conheçam a minha velha casa.
- Não vou não, retorquiu Molly. O cheiro que vem daí é muito bom e eu estou faminta. Se abrir, posso comer um pedaço de bolo e depois eu vou embora. Ninguém vai descobrir.
Uma velhinha com uma cara bondosa abriu devagar a porta. Quando a pequena Molly olhou ao redor, ficou maravilhada. Havia biscoitos em forma de coração por toda a casa, chocolates borbulhando nas panelas e umas bolachas dentro de uns potinhos. Ainda tinha o mel feito na hora que jorrava sem parar de dentro das vasilhas em formato de ursinhos. Mas o que mais surpreendeu Molly foram as árvores no fundo do quintal cheinhas de frutas fresquinhas, que podiam ser tiradas do pé e deliciadas na hora.
- Por que a senhora não abre a sua casa para que todos venham aqui ver todos estes quitutes maravilhosos? indagou Molly.
- Ah, pequena Molly, infelizmente nem todas as pessoas pensam como você, falou a velhinha. Todos os pais de Águas Claras acham que o ato de cozinhar assim, por puro prazer, é um pecado, e não deixam que seus filhos venham me visitar!
- Pois a partir de hoje, falarei a todas as crianças que no alto deste vale existe uma pessoa com mãos de fadas, falou empolgada a menininha. E todos, crianças e adultos, virão aqui provar todas estas iguarias. E eu garanto, quando entrarem aqui e virem que linda casa você tem, não haverá mais preconceito com a senhora nem com as delícias que faz.
Dentro de poucos dias, Molly organizou uma festa e convidou a todos da vila. Não disse que as comidas seriam preparadas pela senhorinha misteriosa. Todos amaram as comidas e entenderam que é o amor o que dá o gosto especial aos alimentos. Desde então, a “casinha mágica” passou a ser visitada todos os dias por todos que queriam aprender a arte da culinária ou simplesmente comprar alguma das delícias. A pequena vila deixou de se chamar Águas Claras e passou a ter o nome de “Casa Mágica”, em homenagem à senhora que lá vivia. Depois desse dia, o mundo inteiro quis conhecer “Casa Mágica” e a vila ficou pequena para tantos visitantes.




Minha Vida de Cão
(Ariane Bomgosto)
Pela frestinha da janela posso ver o sol entrar. Sinal que já é de manhã. Pior. Sinal que é hora de acordar. Não é que eu tenha preguiça. Afinal, preguiça de quê? Já sei que meu dia, como todos os outros trezentos e poucos dias que se passaram desde que vim ao mundo junto com os meus outros doze irmãozinhos, será mais um dia de sono, até que este mesmo sol, que vejo raiar agora, faça o favor de ir embora. Só nesta hora, enfim, poderei sair para passear, como também já é de costume.
Minha orelha esquerda levantou. Opa. Esta é a prova definitiva de que o relógio está marcando exatamente sete horas da manhã. Vamos lá. Um olho de cada vez. Primeiro o direito, lentamente. Deste ângulo, vejo dois pezinhos pequenos encostarem no chão. Dois seriam se eu não tivesse esquecido mais uma vez de abrir o olho esquerdo. Admito. A memória não é lá o meu forte. Pois bem, são quatro. Agora com certeza. Os dois de mamãe e os dois de papai. Demorei um pouco para me acostumar a chamá-los assim, afinal, mamãe e papai verdadeiros, não vejo desde que eu nasci. Eles ficaram na minha antiga casa, de onde fui tirado quando este casal, que agora vejo bem nitidamente, resolveu me adotar.
Eu gostava da “casinha de sapé” – nome que eu e meus doze irmãozinhos combinamos de chamar àquela casinha pequenina em que nascemos. Lá, tudo era pequenino e vivíamos todos amontoados, uns caindo por cima dos outros. Mas mamãe fazia com que tudo estivesse sempre aconchegante. Não estou reclamando da minha casa de agora. Aqui é bem maior e é pertinho da praia, onde posso fazer aqueles buracos na areia e me esconder depois. Já não me lembro mais nem do nome, nem da carinha daqueles doze danadinhos que nasceram junto comigo. Desta vez, não vou por a culpa na minha memória. É uma daquelas coisas explicadas por essas circunstâncias da vida que não têm explicação. Quando saí de lá, eu só tinha cinco dias de vida, então, dá um desconto.
Meu nome original - aquele que recebi quando nasci - é Joca, mas desde que cheguei aqui, percebi que os seres humanos demonstram carinho com nomes terminados em “inho”. Pois bem, passei a me chamar Binho. A única coisa de que não gosto muito é quando a mamãe – essa de carne e osso – fica apertando minhas orelhas. Fico logo bravo e mostro os dentes para ela. A outra mamãe – aquela de pêlos como os meus – não fazia isso.
Mas o que ainda estou fazendo aqui debaixo da cama? Me perdi nos meus pensamentos e nem vi a hora passar. Vou lá na cozinha porque mamãe, como todos os dias pela manhã, já deve ter posto o meu leite naquela tigelinha. Exagerada como mamãe, eu nunca vi. Tirou uma foto minha e colou neste pratinho. Achei meio infantil. Na verdade, acho que meu pai e minha mãe não se deram conta que a idade biológica de uma pessoa não corresponde à idade biológica de um cãozinho como eu. Portanto, com um ano e pouco, já sou adulto.
Eles saíram, foram trabalhar. Ainda não entendi por que os humanos trabalham tanto. Acho que quero ser um deles na minha próxima encarnação. Ou melhor, não quero não. Esta vida de dormir, passear na praia e brincar com os meus donos é muito boa. Se pudesse ser outra coisa na minha próxima vida, seria um cãozinho de novo, só que com menos pêlos, porque estes insistem em cair no meu rosto, e, quando esbarram no meu focinho, me dão vontade de espirrar.





Episódio de hoje:Tudo por um cotonete
(*Ariane Bomgosto)
Toda vez que mamãe vai tomar banho e me esquece aqui fora, fico deitado bem juntinho à porta, esperando ela acabar. Fecho os olhos mas não durmo, só finjo. Assim, quando minha irmã passa, ela não esfrega a minha cabeça nem aperta as minhas bochechas, e olha que nem as tenho. Pra falar a verdade, nunca vi um cãozinho ter bochechas, mas a doida da minha irmã sempre diz que tenho, e que nada é melhor do que apertá-las. Isso tudo me confunde um pouco, mas tudo bem. Enquanto fico quietinho aqui, posso ouvir o barulhinho da água do chuveiro, de que eu tanto gosto. Isso não quer dizer que eu goste de tomar banho. Aquele tanque e a água gelada em nada me atraem. Mas confesso, tenho vontade de experimentar um banho quentinho, de chuveiro.
Papai chegou, já ouvi o barulho que o carro dele faz quando entra na garagem. Mas vou continuar aqui, não saio daqui por nada, afinal, mamãe é mamãe. É ela quem cuida de mim. Me leva na rua todos os dias à tarde, põe a minha comida no pratinho onde colou uma foto minha, me leva pra cortar todos estes pêlos que me enchem de calor. Tenho que confessar uma coisa daquele lugar. Eles cortam os pêlos, dão banho, cortam as unhas e ainda me enchem de talco. Sempre antes que mamãe chegue para me buscar, botam uma gravatinha escrita “Binho”. Aquilo é um tormento. Sem falar nos outros cachorros e gatos que ficam lá junto comigo. Outro dia apareceu uma mulher com uma tartaruga. Queria que dessem banho e passassem perfume na coitada. Eita gente doida. Quem entende os humanos?
Não disse que era o carro do papai? A chave já está rodando na porta da cozinha. Ai meu Deus! Tenho que ir “fazer festa” pra ele. Mas vou abandonar meu posto. E se mamãe sair do banho? Vou rapidinho. Vou num pé e volto no outro. Vai dar tempo. Faço uma recepção mais rápida hoje. É isso. Vou lá. Confessarei outra coisa – hoje estou propício às confissões -, mas que isso não saia daqui, em hipótese alguma. Todos nós, cachorrinhos de todos os tipos e tamanhos, mas principalmente os chamados “de estimação”, introduzimos em nossas leis – um dia falo melhor sobre o livro das leis da gente – o mandamento “fazer festa para o dono”. O que eu quero dizer é que este costume não é tanto pelo apreço que temos por eles. Resolvemos padronizar este “ritual” há muito tempo porque queríamos ser vistos como um amigo fiel. Conseguimos. Mas, mesmo assim, continuamos fazendo. Isso agrada aos humanos, não custa massagear um pouquinho o ego deles. Deixemos assim mesmo.
Nossa! Fui rapidinho mesmo. Apesar do corredor enorme, está tudo certo. Mamãe só desligou o chuveiro agora e eu já estou aqui. “Abre mamãe, abre!”. Oba. Abriu. Nada melhor do que essa hora. Estou tão feliz. Já sei o que vai acontecer. Mamãe vai sair do banheiro, vai até o outro, que fica no quarto dela – ela sempre toma banho no banheiro das minhas irmãs – e pegará um daqueles. Hummm! Que delícia! Minha boca está salivando. Pronto. Ela saiu, pendurou a toalha, disse “Vem Tico” – este é um dos meus apelidos, tenho mais 37 pelo que contei até agora, mas disso falo depois. Já abriu a caixinha. Pegou dois. Estou ansioso. Colocou no ouvido, lá dentro. De novo. Passou mais vez. Pegou o outro e limpou bem o ouvido cheio de cera. “Não mamãe, não jogue aí”. Que droga! Jogou na lixeira em que eu nunca consigo pegar. Mas vou esperar ela sair e tentar assim mesmo, afinal, nada melhor que ele, o cotonete. Adoro. Como tudinho, até ficar só o cabo. Meus pais não entendem. Acho que acham nojento. Eu também nunca vi outro cãozinho comendo cotonete com tamanha satisfação. Mas pra mim não tem nada mais gostoso. Faço de tudo por um. Sujo de cera então, que delícia. Eu sei que ninguém gosta. Que bom! Sobra mais.

As três pipas do vovô
(Aline Dexheimer)
- Amanhã é dia de que? – Meus filhos perguntam, os três ao mesmo tempo.
- Amanhã é dia de vovô e vovó – Eu respondo.
Eles saem saltitantes pela casa brincando e gritando.
-EBA! Amanhã é dia de vovô.
Como é bom "ser" criança e esperar pela visita dos avós no "mingo" (Domingo, dia dos avós). Uma semana eles vêem, outra nós vamos.
Neste dia, o vovô veio cheio de papéis, cola e tesoura. É dia de vovô e também de churrasco. OBA!
A surpresa do dia. O Vovô faria pipas para as crianças. Depois do churrasco, o vovô sentou, rodeado de seus trinetos para confeccionar as pipas. Sentados lá na garagem, ficaram a tarde toda fazendo uma pipa, enquanto ele resgatava gostosas memórias de sua própria infância. Uma tarde não seria suficiente para as três pipas. Mas a diversão já estava preparada. Só faltava o vento!
Cadê o vento?
Naquela tarde muito quente de verão não tinha vento, mas não impediu que a turma se divertisse da mesma forma. Foi preciso mais um domingo para o término das pipas. E o tão esperado dia de vento apareceu, afinal. Munido das três pipas, dos trinetos e eu, com a câmera a tira colo, vovô partiu para o que seria a nossa aventura dominical. Chegamos de mansinho naquela praça no final da tarde. Havia crianças brincando de bola, casais tomando chimarrão, crianças no balanço, outros exercitando-se. Talvez, chovesse. Talvez ventasse. Estava estranho. A principio, nenhum vento, para a tristeza das crianças. O vovô meio desapontado olhava para as nuvens. De repente, uma brisa o animou. Ele disse:
- Olha o vento! – Correu para o carro e buscou as três pipas.
Elas teimaram um pouco, mas subiram. Aos poucos as crianças pegaram o jeito. Corriam pela grande praça, enquanto as pipas voavam chamando atenção do restante das pessoas. Aos poucos outras crianças foram surgindo e querendo experimentar, crianças, talvez, sem um avô maravilhoso como este que confeccionava pipas.
De longe, sentada no banco eu registrava os momentos com todas as fotos que podia. Meu pai ao lado dos netos e rodeado de crianças de todas as cores. Agradeci pelo momento tão maravilhoso desfrutado ao lado de meu pai e meus filhos trigêmeos.
Uma brincadeira quase tão rara nas nossas praças de cidades grandes com pais e avôs ocupados. Uma brincadeira gostosa num lindo final de tarde de verão coroada pelos raios de um por de sol igualmente raro.
Como é bom "ter" crianças e viver toda esta alegria.
Por isso, não me canso de agradecer:
-Obrigada.Viva o Vovô com suas três pipas!



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